01 fevereiro 2011

De onde surgiu anel de formatura

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Os anéis, em geral, são responsáveis pela indicação de diversas situações e estados. A aliança dourada na mão esquerda, por exemplo, indica que uma pessoa é casada. Se estiver na direita, porém, já entendemos que ela está noiva. Reis medievais quase sempre utilizavam anéis em seu cotidiano, ao invés da incômoda coroa. O anel de formatura, por sua vez, é um item da composição visual de uma pessoa que indica que ela passou por um rito de passagem: a formação em determinada área de conhecimento.

"O anel de formatura foi criado para indicar um rito de passagem, ou seja, a finalização de uma parte fundamental da formação de alguém. A referência mais preponderante que temos é de que ele foi inventado por um grupo de alunos de West Point, academia militar tradicional dos Estados Unidos, em 1835. Os formandos queriam demarcar não só a passagem deles pela escola, mas também identificar de qual turma eles faziam parte, como uma demonstração de amizade, de superação em comum", explica a professora do Curso de Design de Joias da Universidade Anhembi Morumbi, Patricia Sant'Anna.

Segundo ela, depois desta turma, a escola rapidamente institucionalizou o anel de formatura, tornando-se, assim, uma tradição. Outras escolas norte-americanas a imitaram e, em pouco tempo, pessoas estrangeiras que estudavam neste país voltavam para os seus respectivos países ostentando o anel conquistado, e a tradição foi se espalhando mundo afora. "O modelo inicial era similar a um anel-sinete, mas rapidamente cada instituição foi estabelecendo novas formas", destaca Patrícia.

No Brasil, o anel de formatura se tornou um prêmio. "É um presente tradicional dado pelos pais aos formandos. Possui um formato padrão, em que de um lado existe o emblema da área do formando e, no centro, uma pedra de cor simbolizando a profissão. Portanto é um símbolo de superação de uma fase importante da vida acadêmica e também um presente de reconhecimento dos pais pelo esforço e conquista do filho", esclarece a professora.

Sobre a relação entre as cores e tipos de pedras com as profissões, Patrícia explica que há inúmeras explicações, mas ressalta que todas estão relacionadas ao modo que o Ocidente lê o significado das pedras. "Por exemplo, a ametista é indicada para o formando de Teologia porque ela é uma pedra preciosa que simboliza meditação e espiritualismo".

As carreiras tradicionais são as que mais se importam com o ritual de formatura, por isso é muito mais fácil encontrar pessoas usando anéis de formatura de Medicina, Odontologia ou Direito do que de Ciências Sociais ou Artes Visuais. Novas profissões, aliás, nem possuem um símbolo tradicional, muito menos uma pedra correspondente. Mesmo assim, Patrícia Sant'Anna não acredita que eles cairão em desuso. "Sempre haverá - e não serão poucos - os que prezam pela tradição e que necessitam passar pelos processos de reconhecimento e ritos tradicionais", finaliza a professora.

Veja abaixo algumas pedras e as profissões correspondentes:

Safira Azul
Administração; Artes Cênicas; Artes Plásticas; Astronomia; Biologia; Ciências Aeronáuticas; Ciências da Computação; Comércio Exterior; Publicidade; Educação Artística; Engenharia; Educação Física; Física; Fotógrafo; Matemática; Meteorologia; Psicologia; Química; Relações Internacionais; Sistemas de Informação

Rubi
Direito; Jornalismo

Turmalina Verde
Auxiliar de Enfermagem; Cabeleireiro

Ametista
Biblioteconomia; Ciências Sociais; Design de Moda; Geografia; História; Hotelaria; Letras; Pedagogia; Sociologia.

Esmeralda
Medicina; Biomedicina; Bioquímica; Enfermagem; Fisioterapia; Fonoaudiologia; Nutricionista; Veterinário.

Turmalina Rosa
Ciências Contábeis

Granada
Odontologia

Água Marinha
Economia

Topázio
Farmácia; Filosofia

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