13 janeiro 2009

Como eu queria...

Coisas ESTÚPIDAS que invejo nos homens

Raramente invejo o que quer que seja num homem. Apesar de continuar a achar que ser mulher é uma condição muito mais trabalhosa (isso nem se discute!), acho também que todas as particularidades que a natureza tão graciosamente nos deu compensam tudo (leia-se, por exemplo, a possibilidade de dar vida a outra(s) vida(s)). Mas (e há sempre um mas) há coisas que, por mais que nos esforcemos, dificilmente conseguiremos fazer com a mestria de um homem. (Note-se que algumas mulheres conseguem e não estou a dizer que são menos femininas por isso!)
  • Cuspir. Quando os homens cospem sai da sua bocarra um tal jacto perfeito com direito a mira - e a acertar no ponto mirado - que pessoalmente me deixa meia aparvalhada a olhar (porcaria!, que isto de ficar a ver o cuspe colado algures é nojentinho, sobretudo quando é "caprichado"). Quem não se lembra da célebre cena do Titanic em que o pobre e roto Jack (interpretado por Leonardo DiCaprio) ensina a menina rica, Rose (interpretada por Kate Winslet), a cuspir? Não poderiam ter retratado melhor a nossa desajeitada realidade. Simplesmente não sabemos cuspir para a frente e acabamos inevitavelmente com um fiozinho de cuspe colado ao queixo! E perguntam vocês para que é que serve saber cuspir? Por exemplo, para as situações em que calha mastigarmos algo que nos dá vómitos e que sentimos que se ficarmos mais tempo com aquilo na boca vai haver tragédia - sabermos cuspir para o guardanapo ou para o caixote do lixo dava mesmo jeito, até porque não é nada agradável ficar a sentir o bolo alimentar a escorregar lentamente pelo queixo abaixo.

  • Arrotar. Não sei mesmo arrotar e invejo a potência de um arroto bem dado. Devo ter origens árabes porque tenho noção que às vezes seria mesmo bom arrotar em alto e bom som depois de um bom petisco (e não, não estou a falar de atum, mas sim de algo mais substancial). Invejo a facilidade com que os homens abrem a guela e fazem produzir um estridente som arrotadeiro, revelador de plena satisfação - talvez porque na infância e na idade da parvalheira andaram a brincar ao quem arrota mais alto? e ao quem tem o arroto mais longo?. Deve ser uma questão de prática, digo eu que não percebo nada do assunto.

  • Assobiar. O som do assobio até me é irritante aos ouvidos - o meu pai assobia que nem um pássaro e tem a mania (que detesto!) de começar a assobiar mal entra em casa para anunciar a sua chegada - mas dava jeito. Por exemplo, para acompanhar o senhor cantor David Fonseca no seu último sucesso, para chamar alguém na rua ou para vaiar o primeiro ministro.

A conclusão disto tudo é que gostaria de saber cuspir como um homem, arrotar como um homem e assobiar como um homem. Mas, como sou mulher, mesmo que soubesse não o faria em público - mandam as leis da boa educação e eu gosto!

texto retirado do blog Pedacinhos da Lua

Um comentário:

Oliver disse...

Putz... bem feito hahahahaha