06 maio 2011

Não a DIVISÃO do Pará

estadosCom o desmembramento, a Amazônia passará a contar com dois novos Estados: o Carajás e o Tapajós. O Pará é atualmente é a segunda maior unidade federativa

RODOLFO BORGES

BRASÍLIA – O Estado do Pará é grande. A segunda maior unidade federativa do país tem 1,24 milhão de quilômetros quadrados, área que, na opinião dos deputados federais Lira Maia (DEM-PA) e Giovanni Queiroz (PDT-PA) torna o estado ingovernável. É sob esse argumento que os parlamentares defenderam e conseguiram aprovar na Câmara um plebiscito para o desmembramento do Pará em três estados, a partir da criação de Carajás e Tapajós. O plebiscito sobre a criação de Carajás já seguiu para promulgação e o de Tapajós deve passar mais uma vez pelo Senado, porque sofreu alteração na Câmara. A ideia dos defensores da divisão é juntar as duas propostas em apenas um plebiscito, que deve ser realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará num período de até seis meses após a promulgação.

Se confirmada a divisão pela população local, Tapajós seria o maior dos três estados em questão, com 58% da atual área do Pará, 27 municípios e 1,3 milhão de habitantes, a oeste. Carajás, que ficaria com as porções sul e sudeste, teria 39 municípios (25% do território atual) e 1,6 milhão de habitantes. Ao Pará restariam 86 municípios onde se localizam atualmente 4,6 milhões de habitantes. A criação dos estados implicaria na insEituição de mais duas estruturas governamentais no país, algo que no Brasil costuma custar mais do que o necessário. Mas os defensores da proposta repudiam qualquer possibilidade de aumento de gastos, pelo menos além do que as regiões envolvidas necessitem. O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) criticou o baixo quórum da sessão que aprovou os projetos.

Defensor da criação do estado de Tapajós, o deputado Lira Maia refuta as críticas. “O bolo de recursos da União vai ser dividido do mesmo jeito”, disse o deputado ao Brasil 247. Segundo o parlamentar, o custo-benefício da divisão do Pará supera qualquer argumento contrário à ideia, tendo em vista que regiões desassistidas atualmente passaria a ser alcançadas pelo Estado. “Temos dois laboratórios vivos na criação do Tocantins a partir de Goiás e na separação de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esses estados veem crescendo num ritmo três vezes maior que o Brasil”, argumenta Maia.O deputado também diz que não seria necessário abrir novas vagas no Congresso Nacional, pois os estados dividiriam a atual cota de senadores e deputados do Pará.

O deputado lembra que o estado do Tapajós já é discuto há mais de 150 anos. “Ainda no Brasil Império, no estudo da divisão da terra da Amazônia, foi sugerida a criação da província do Tapajós”, disse, acrescentando que nos últimos 20 anos a discussão voltou à tona. Os plebiscitos chegaram a ser aprovados por unanimidade no Senado no ano 2000, e, desde então, os projetos aguardavam deputados que se interessassem pelo tema para seguir tramitando. Segundo o deputado Giovanni Queiroz, líder do PDT e defensor da criação do estado de Carajás, já existe até uma emenda de R$ 8,6 milhões no Orçamento deste ano para a realização do plebiscito.

Aprovada a consulta popular, o verdadeiro trabalho dos defensores da divisão será convencer os habitantes de todo o Pará de que a estratégia será benéfica para toda a região. “Se fosse ouvida apenas a população da área pretensa, mais de 90% seriam favoráveis. Se for no estado todo, vamos precisar de um esforço de campanha”, comenta Maia. Na avaliação do deputado, talvez a população paraense não tenha a noção dos benefícios que se apresentam e precisa ser esclarecida, a exemplo do que ocorreu durante o referendo sobre o desarmamento. Maia garante ter estudos de viabilidade econômica que atestam os benefícios da divisão do Pará.

via agência amazônia de notícia

SABE QUAL É A MINHA OPINIÃO????

EU DIGO NÃO A DIVISÃO

divisao

4 comentários:

Amazônia-Pará disse...

CONCORDO EM GENERO,GRAU E NUMERO O QUE ESSE SEPARATISTA QUEREM DE VERDADE SÃO CARGOS QUE SERIAM CRIADO.


SERGIO ROBERTO

xocolatiih disse...

Gente! Argumento de que o Pará é grande e não dá para cuidar do Estado todo, isso não é motivo. Na minha opinião isso é PREGUIÇA.

NÃO A DIVISÃO DO PARÁ

Miriam disse...

A quem interessa a Divisão do Pará? aos latifundiários que vieram ao Pará enriqueceram as custas de apropriações de terras públicas, que não tem amor por este Estado mais somente criar Poderes, onde possam Governar pelos seus próprios interesses, e a população pobre, explorada, serve apenas de massa votante. Concerteza essa população não ser´beneficiada.

Valdo disse...

Pergunto a vocês, se algum de vocês moram em uma das regiões Oeste, Sul ou Sudeste do estado? Talvez não deviamos pensar de modo nacionalista e achar que aquelas terras pertencem a nós, ou a vocês. Talvez devia-mos dá uma passada lá, e curtir um final de semana nas belezas do estado do Pará e ver como é que está por lá em Santarem, Parauapebas,Itaituba, Marabá. Um amigo santareno me disse que ele preferia ser enganado pelos politicos do Tapajós do que continuar sendo enganado pelos do Pará. Devemos ver que não são só os politicos que estão querendo enmancipação, mas tambem uma população e não são poucos. Pensem 1,3 +1,6=2,9! 2,9 milhoes de pessoas não são poucas.